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sexta-feira, outubro 29, 2004

Conan o Homem-Rã 

Disclaimer


Sem correr o risco de corromper o espírito editorial deste blog, porque este blog não tem espírito editorial, a minha próxima posta demarca-se de todas as outras pela motivação. Pela primeira vez, a Baguete afasta-se do exercício do ego do autor para se dedicar por instantes ao Serviço Público. 
Atacado por um fugaz arrepio de saudade, cantarolava em surdina uma cantiga, uma cantiga não, um Hino que reside no coração de todo o bom Português, "Conan o Homem-Rã". Falhavam-me algumas palavras, aqui e ali, e com medo de macular a perfeição poética de tão egrégias estrofes, prontamente recorri ao google na certeza de aí encontrar a versão integral de um texto basilar da lusofonia. Mas, Oh Ignomínia!, sai-me isto:"Your search - paneleiros fregueses indonésia anã - did not match any documents." Seria possível? "brumas memória canhões marchar": 475 resultados, "armas barões taprobana tágides": 79, "salgado lágrimas noivas casar": 75, mas "paneleiros fregueses indonésia anã" nada!... 
Indignado por esta lacuna gravíssima, o que pode fazer um genuíno português? Pôr as culpas no Governo e ir para casa bater na mulher? Pois, de facto é isso... mas como não sou casado e estou no estrangeiro e ninguém está a ver, decidi-me a agir! Pedi ao meu grande amigo BMS para ripar a cantiga (não te chateies, Manel João, é para teu bem), e publicarei aqui a transcrição indispensável de "Conan o Homem-Rã". 
Sei bem que a temática brejeira e o nível de línguagem deveras familiar poderão atrair a este blog um horda de ígnaros boçais pouco desejáveis numa casa de respeito, mas o Bem da Nação está acima dos interesses mundanos desta Baguete.

Sem mais delongas vos apresento em première internáutica, o texto integral de:


"Conan o Homem-Rã"


Escolha uma cadeira, coma um pudim-flã. Vai ouvir a história de Conan o Homem-Rã.

Escolha uma cadeira,
coma um pudim-flã,
vai ouvir a história
de Conan o Homem-Rã,

Conan o Homem-Rã,
herói da Trafaria,
nascido sem mamã,
era filho de uma tia.

(Conan, Conan, Conan o Homem-Rã)
bis

A sua namorada
era uma indonésia anã.
Dizia a rapaziada:
"Olha a miúda do Conan!"

Era debochada,
não tinha sutiã,
Tinha a cona assada
de foder toda a manhã.

(Conan, Conan, Conan o Homem-Rã)

Não fazia escolhas,
fodia com tudo:
estucadores e trolhas,
até um surdo-mudo.

Era pelos campos,
era pelas hortas,
o pobre Conan
já não cabia nas portas!

(Conan, Conan, Conan o Homem-Rã)

Um dia pensou:
"O que é que hei-de fazer?
Foda-se já sei,
vou comprar um fecho-éclair."

Enquanto ela dormia,
coseu-lho na vulva.
"Sem pagar portagem
não passa aqui uma pulga."

(Conan, Conan, Conan o Homem-Rã)

Foram lá escuteiros,
foram japoneses...
só os paneleiros
é que não eram fregueses.

Era todo o dia
sempre adentro e fora
e o Conan dizia:
"Crise, qual crise?!"

(Conan, Conan, Conan o Homem-Rã)

Eh pá, pôs-lhe um contador
mesmo ao pé da greta.
Fez-se milionário
tornou-se forreta.

Esta é uma história
plena de sucesso.
Não temos memória
de maior burgesso!

(Conan, Conan, Conan o Homem-Rã)


Irmãos Catita


Fontaine de Latone


Conan o Homem-Rã imortalizado em bronze nos jardins de Versalhes. Já Luís XIV nutria profunda admiração por esta personagem mítica.




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